A PRODUÇÃO DO BENTELY começou em 1912, quando os irmãos Walter e Horace Bentley se uniram para revender carros de uma fabricante francesa chamada DFP.
Não estando conformes com o desempenho dos automóveis que vendiam, decidiram melhorá-los usando pistões de alumínio e comandos de válvulas mais eficientes. Eles pretendiam usar os carros preparados para quebrar recordes de velocidade no autódromo de Brooklands, no Reino Unido, um dos primeiros do mundo.
Quando em 1914 começou a Primeira Guerra Mundial, esses pistões de alumínio dos irmãos Bentley foram empregados durante o conflito nos motores radiais dos aviões que, com pistões mais leves, giravam mais, entregavam mais potência e esquentavam menos.
Em 1919, com o fim da guerra, Horace e Walter fundaram sua própria fábrica, a Bentley Motors Limited.
A Bentley viria a tornar-se famosa pelas quatro vitórias consecutivas nas 24h de Le Mans de 1927 a 1930. Na época o seu maior competidor era a Bugatti, cujo peso e elegância, mas também fragilidade contrastavam com a robustez e durabilidade da Bentley. O motor e as especificações técnicas desse carro só se tornariam comuns décadas mais tarde: quatro cilindros, duas velas de ignição e quatro válvulas por cilindro. A exceção fica pelo deslocamento de três litros – muito grande para um quatro-cilindros. A potência do modelo de rua era de 70 cv, o suficiente para chegar aos 130 km/h, o que definitivamente não era nada mau há quase um século atrás. Talvez o fato de ser tão avançado tecnicamente seja a razão para o desenvolvimento do motor ainda ter levado dois anos, adiando o início da produção do 3-Litre até 1921.
Quase todos os carros naquela época eram vendidos sem a carroceria. O cliente comprava o chassi e o motor, e escolhia um dos vários fabricantes de carrocerias espalhados pela Europa. A Bentley, contudo, costumava indicar uma fábrica belga chamada Vanden Plas. Os modelos da Bentley ficaram famosos pela agilidade, robustez e pelas linhas da carroceria com perfeito acabamento.
A Bentley se tornaria então uma das maiores fabricantes do mundo, principalmente depois das vitórias nas 24 horas de Le Mans, mostrando nessa competição a potência do 3-litre e graças também à astúcia do piloto canadense John Duff quem convenceu a Water Bentley a ceder-lhes os carros para correr nessa famosa competição. Convencê-lo não foi muito difícil porque Bentley acreditava que era mais barato vencer corridas que vender carros; e passou a oferecer versões Speed com entre eixos mais curtos e motor mais potente que chegava a 145 km/h; e o Super Sport, um dos primeiros veículos a ultrapassar a barreira dos 160km/hora.
A versão de rua, 61/2 litros impulsionado por um seis cilindros em linha, 147 cv a 350 rpm, imprensionava. Mas o carro de corrida era ainda mais incrível com 200 cv, graças a um aumento na taxa de compressão e comando mais agressivo. Imaginem a cena, por ser um carro fabricado na década de 20!
Depois da grande depressão em 1930, a Bentley voltou a competir em Le Mans em 2001 chegando em 3º lugar. 2003 foi um ano de glória faturando o 1º e 2º. lugar, mas encerrou sua campanha em competições naquele mesmo ano.
Em 1931, através da empresa British Central Equitable Trust, a Rolls-Royce comprou secretamente a Bentley e transformou a empresa na nova Bentley Motors sendo proprietária desta até 1998.
Em 1998 a Volkswagen assumiu o controle da Bentley, mesmo ano em que foi lançado o Bentley Continental GT, um coupe luxuoso que possuía um motor W-12.
Desde então as vendas da Bentley têm tido um aumento significativo impondo-se no mercado de veículos de luxo e de alto desempenho.
No último show de Genebra, a marca lançou os novos modelos Continental 2016 E os preços variam entre $210.000 a $340 mil.